Dia Não Fumador 2022

Na próxima quinta-feira, dia 17, assinala-se mais um Dia Mundial do Não Fumador, visando a sensibilização da população e principalmente dos fumadores para os riscos que o consumo de tabaco comporta para a sua saúde e dos que lhes são próximos.

O tabagismo, enquanto ato de consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, criando dependência física e química por via da nicotina, é, de facto, um grave e complexo problema de saúde pública afetando um número deveras expressivo da população mundial, constituindo nos países desenvolvidos a primeira causa evitável de doença e de morte prematura.

Se atentarmos na abissal disparidade de gastos com os cigarros verificada entre os países mais ricos e os mais pobres, de que são exemplo o Luxemburgo onde esses gastos não representam mais que uns escassos 4% do rendimento anual disponível, em contraponto com os 44% observados no Uganda, facilmente constatamos que o tabagismo representa um sério problema social a nível mundial.

 

Diz o povo que um mal nunca vem só, e a desgraça que o tabagismo constitui, vem quase sempre associada ao alcoolismo, tristemente irmanados no desencadear de graves problemas de saúde e no acentuar das dificuldades económicas que muitos dos fumadores já enfrentam no seu quotidiano. Doentes e pobres, é como poderíamos descrever muitas das pessoas aprisionadas nas garras do tabagismo.

Os números não enganam, como o atestam os dados referidos pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia dando conta que 11,7% dos óbitos ocorridos em 2019, em Portugal, tenham sido por causa do tabaco.

O trabalho desenvolvido no combate ao tabagismo tem conduzido, se bem que lentamente, demasiado lentamente, dada a gravidade do problema, a uma paulatina descida nos consumos de tabaco que, segundo dados obtidos no âmbito do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, situam a prevalência de fumadores diários e ocasionais na casa dos 17% entre as pessoas com 15 anos ou mais anos, traduzindo-se em mais de 1,5 milhões de portugueses.

João André Costa, professor e escritor, em 2018 escreveu no jornal Público que “A nicotina é tão viciante como a heroína, por isso a dificuldade, por isso o desafio. E de cada vez que vem a tentação de um cigarro, encho o peito de ar e penso que só deixa de fumar quem quer deixar de fumar. É tão simples quanto isso”.

Há muito que esta opinião é também a nossa e, sendo assim, continuaremos a defender que o ato de deixar de fumar deverá ser o resultado de uma vontade pensada, crescida e amadurecida, plenamente convicta de que esse ato, é a coisa certa a fazer. Fazer desse ato, o tal momento libertador que ouse quebrar as amarras do tabaco, para poder dizer, como o saudoso António Variações “Vou viver …até quando eu não sei… que me importa o que serei… quero é viver…”.

Querendo viver, viver com melhor qualidade de vida, libertos do fumo e da maldita nicotina, deixar de fumar é uma prova de bom senso e tanto mais que fazê-lo antes dos 40, reduz em mais de 90%, os riscos para a saúde que lhe estão associados.

Neste novembro azul, azul da próstata e também da diabetes e por que não, do combate ao tabagismo, insistimos no apelo aos fumadores de que é já tempo de meditar, decidir e comunicar ao mundo:
Quero quebrar as amarras!...Receber a carta de alforria…Ser livre!

 

Equipa EPS do AEJD 

 

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