Dia Internacional da Mulher 2020

No próximo domingo, 8 de março, assinala-se o Dia Internacional da Mulher.

A comemoração desta data iniciou-se em 1975, por iniciativa da Organização das Nações Unidas, na sequência da designação por esta organização do ano 1975 como o Ano Internacional da Mulher, pretendendo realçar e reconhecer as mulheres como um dos pilares fundamentais da sociedade, qualquer que seja o domínio considerado.

Ocupando a mulher, na generalidade das sociedades, durante milhares de anos, uma posição subalterna, a sinalização deste dia visa recordar a ação de todas as ativistas que, enfrentando o pensamento dominante, paradoxalmente compartilhado por muitas mulheres, conseguiram consagrar na lei a igualdade de género, tornando mais fácil a luta contra preconceitos de toda a ordem, que ainda continuam a impedir a real efetivação de todos os direitos sociais, políticos e económicos em pé de igualdade com a outra metade da humanidade.

Nunca é de mais relembrar que fazer o que genericamente se considera “mal”, e a discriminação das mulheres é a todos os níveis um mal, é por vezes mais proveitoso do que fazer o que é eticamente correto, e que a interiorização da ideia da igualdade de género está longe de ser um dado adquirido, haja em vista o elevado número de casos em que as mulheres são preteridas relativamente aos homens, quando muitas vezes até possuem habilitações e competências verificáveis superiores.

A mudança efetiva de mentalidades constitui um dos combates mais prementes da atualidade, pois, como defendeu o secretário-geral da ONU, António Guterres, aquando da comemoração do Dia Internacional da Mulher em 2019, “o empoderamento das mulheres e a igualdade de género são essenciais para o progresso global”.  

Nascendo e morrendo do mesmo modo, como a biologia e a vida claramente evidenciam, diremos que todo e qualquer pensamento visando justificar outra coisa que não a igualdade plena entre homens e mulheres só poderá ser encarado como algo de antinatural e, como tal, liminarmente rejeitado.

A Equipa Promotora de Saúde do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, consciente do papel da escola na luta pela promoção da igualdade de género, o 5.º objetivo de desenvolvimento sustentável instituído pela ONU, e, consequentemente, da importância da luta pelos direitos das mulheres, vem recordar, de novo, o belíssimo poema “Ser Mulher” da professora Irene Serrão.

Equipa EPS do AEJD