Dia da Prevenção do Cancro da Mama (2019)

No dia 30 de outubro celebra-se o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama.

Nunca é de mais falar do cancro e particularmente do cancro da mama, ou não fosse este, depois do cancro da pele, o cancro mais comum na mulher portuguesa, com todas as consequências que tal facto acarreta para si e familiares, triste realidade espelhada nas 1748 mulheres portuguesas que em 2018 morreram vítimas do cancro da mama.

É fundamental que a população se mantenha informada relativamente ao tratamento, rastreio, diagnóstico e prevenção do cancro da mama, interiorizando e levando à prática comportamentos que, tomados a tempo, podem salvar vidas como sejam a realização de ecografias e mamografias, que permitam detetar a doença numa fase inicial.

Dados fornecidos pela Direção Geral de Saúde indicam que uma em cada oito mulheres portuguesas é afetada pelo cancro da mama, estando a taxa de mortalidade a diminuir, reflexo da evolução do grau de consciencialização da população perante este problema.

No âmbito da prevenção do cancro da mama é aconselhável a realização de uma mamografia anual, a partir dos 40 anos.

Em qualquer sociedade que se preocupe com o bem-estar da sua população é essencial que a informação flua e chegue à generalidade das pessoas, permitindo- lhes tomar opções esclarecidas. Nesta linha de pensamento, surge a necessidade de elucidar a população relativamente aos fatores de risco do cancro da mama, que a seguir são referidos:

• Idade – a probabilidade de aparecimento aumenta com a idade, principalmente a partir da menopausa.
• Reincidência do cancro da mama – a probabilidade de ter cancro numa mama aumenta quando este já ocorreu na outra.
• História familiar – nas mulheres mais novas o risco aumenta significativamente quando os familiares mais próximas foram afetadas pelo cancro.
• Alterações genéticas - mutações ocorridas nos genes BRCA1, BRCA2 e outros potenciam o aparecimento do cancro.
• Primeira gravidez tardia - depois dos 31 anos.
• História menstrual - potencia um risco aumentado nas mulheres em que a primeira menstruação aconteceu antes dos 12 anos de idade, nas mulheres em que menopausa se verificou após os 55 anos, e nas que nunca tiveram filhos.
• Terapêutica hormonal de substituição - parece existir uma maior possibilidade de desenvolvimento do cancro da mama por parte das mulheres sujeitas a terapêutica hormonal durante 5 ou mais anos após a menopausa.
• Grupo humano - nas mulheres caucasianas a frequência de ocorrência do cancro da mama é superior à encontrada nos grupos constituídos por mulheres latino-americanas, asiáticas e afro-americanas.
• Obesidade – principalmente nas mulheres mais velhas.
• Sedentarismo – ausência de exercício físico regular.

O cancro da mama não afeta apenas as mulheres, podendo também aparecer nos homens, se bem que com frequência muito mais reduzida. De acordo com a Liga Portuguesa contra o Cancro, em Portugal, cerca de 1% dos casos de cancro da mama ocorrem nos homens.

Equipa EPS do AEJD