Dia Internacional do Riso 2022

Na próxima 3.ª feira, dia 18 de janeiro, celebra-se mais um Dia Internacional do Riso, numa situação em que continuamos condicionados por mais uma das variantes de SARS-CoV-2, a cada vez mais omnipresente Ómicron, e rir, ou apenas esboçar um simulacro de riso, não será propriamente o que passará pela cabeça da maioria de nós.

 

Não é que o poder terapêutico do riso no bem-estar de todos e de cada um seja uma falácia, pois estudos realizados por cientistas devidamente creditados comprovam os seus efeitos positivos na saúde mental e física das pessoas, a quem é recomendado que sorriam sem moderação.

 

O riso promove a libertação de serotonina pelo cérebro, neurotransmissor que ativa o sistema imunitário, responsável pela defesa do organismo contra vírus, bactérias e agentes alergénicos desencadeadores de variadas doenças.

 

Aliviando a tensão e reduzindo a produção de hormonas causadoras de stress, o riso ajuda na manutenção do equilíbrio emocional, com reflexos imediatos no grau de autoestima das pessoas.

 

Outra hormona, cuja produção pelo cérebro é também ativada pelo riso, é a endorfina, cujo poder analgésico concorre para o relaxamento do corpo e a diminuição do stress, potenciando sensações de prazer, motivação, alegria, euforia e bem-estar.

 

Diminuindo o risco de doenças psicossomáticas, o riso é um poderoso antídoto contra a depressão e a tristeza, favorecendo o rejuvenescimento e aumento da longevidade.

 

Brotando do mais profundo do nosso ser, o riso é um instrumento eficaz no derrube de muros, na criação de pontes e desenvolvimento de cumplicidades. Podendo ser um ato individual, prova de sensatez e de sabedoria quando somos capazes de rir de nós próprios, é essencialmente um ato social, e daí a sua eficácia na relação com os outros, no sentirmo-nos parte inteira da comunidade.

 

O aforismo popular “muito riso, pouco siso” faz tábua rasa da força libertadora do riso, do seu contributo para eliminar a entropia da vida, para o restabelecimento dos equilíbrios que criam vida e lhe dão sentido.

 

A milenar frase do judeu errante , “No próximo ano em Jerusalém”, que nos nossos dias bem poderá ser apropriada por sírios, afegãos e outros refugiados, encarnando a esperança de um regresso a pátrias livres de guerras sem fim, leva-nos a aspirar que já no próximo ano estejamos livres da pandemia e continuemos a dizer, como Pablo Neruda, que “o riso é a linguagem da alma” e, tantas vezes, a luz que ilumina os dias cinzentos da vida de cada um.

 

Estudos científicos credíveis têm atestado os efeitos positivos para a saúde associados ao riso. Ciente desse facto, a Equipa Promotora de Saúde do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas voltou a pedir a alguns alunos que “nos emprestassem” os seus rostos sorridentes com vista à sensibilização da comunidade escolar para o poder terapêutico do riso, mesmo que escondido por detrás das máscaras.

 

Equipa EPS do AEJD 

 

Happiness starts with a smile - YouTube

Johnny Stimson - Smile (Tradução) - YouTube

"SMILE", Nat King Cole . Melodia composta por Chaplin. Letra por John Turner e Geoffrey Parsons. - YouTube