Dia Mundial da Hipertensão 2023

Categoria: Atividades
Publicado em 16-05-2023

Na próxima 4ª feira, dia 17, assinala-se o Dia Mundial da Hipertensão, visando alertar para a importância desta doença crónica, responsável por cerca de 7 milhões de mortes por ano, em todo o mundo.

Celebrada em Portugal desde 2005, no “mês do coração” pretende-se sensibilizar a população para a tripla necessidade de prevenir, detetar e tratar a hipertensão, numa estratégia de combate as doenças cardiovasculares, com destaque particular para o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Expressando a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, os valores elevados da tensão arterial não afetam apenas o coração e as artérias, de que o enfarte do miocárdio, a insuficiência cardíaca congestiva e doenças arteriais dos membros inferiores são expressão, mas também o cérebro, os olhos e os rins. No caso do cérebro poderá surgir o acidente vascular cerebral, relativamente aos olhos há a referir a cegueira e a patologia da retina e quanto aos rins, assinala-se a insuficiência renal.

É prioritário manter a tensão arterial controlada, o coração e o resto do corpo agradecem no que se trata de um autêntico seguro de vida.

“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” dizia Bertolt Brecht. O que poderá dizer o sangue obrigado a fluir em artérias estreitadas por depósitos de colesterol? O resultado é o estabelecimento de uma situação de tensão arterial elevada, constituindo um fator de risco para muitas doenças, nomeadamente o enfarte do miocárdio.

A hipertensão arterial, causa principal da doença cardiovascular e da morte prematura em todo o mundo, constitui o fator de risco mais prevalente na população portuguesa. O seu controlo visando a diminuição da morbilidade e da mortalidade cardiovascular exige uma incisiva atenção sobre os fatores de risco modificáveis.

Usufruir de uma vida saudável é fazer opções, dizer não quando apetece dizer sim, é pormo-nos a caminho quando preferíamos ficar refastelados no sofá, é perceber que elevados consumos de álcool e hábitos tabágicos, elevada ingestão de sódio na alimentação, obesidade e peso excessivo, não condizem com pressão arterial controlada.

Em Portugal, a hipertensão assume o estatuto de um flagelo não restrito à população mais idosa, mas alastrando cada vez mais às camadas mais jovens, conforme é referido pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão, constatando que uma em cada oito crianças e jovens tem tensão arterial elevada, para o que aconselha a sua medição a partir dos três anos.

No combate às doenças cardiovasculares, a aposta certa e mais eficaz é a da promoção da saúde cardiovascular, adotando estilos de vida saudáveis e, desse modo, reduzir significativamente a taxa de mortalidade por elas provocada.

Preste atenção à sua tensão, somos nós quem melhor pode velar por nós.


Equipa EPS do AEJD

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